Museu do medronho

O medronheiro (Arbutus unedo) é um arbusto, que pode, no entanto, atingir vários metros de altura, predominante na região do mediterrâneo e muito comum na nossa região. É utilizado como planta ornamental para jardins, a sua folhagem para arranjos florais e sua madeira para aquecimento, mas é o seu fruto que ganha maior destaque ao ser utilizado na produção de aguardente, compotas, pastelaria e também para consumo em fresco.

O medronho, em especial a sua aguardente é hoje um produto muito valorizado e apreciado na nossa região e em todo o país. Nos últimos anos deixou de ser produzido essencialmente para consumo próprio de quem o produzia passando a ser comercializado, assumindo hoje grande importância entre os produtos endógenos da nossa freguesia.

Tendo em conta a sua importância, o Museu do Medronho construído em 2002 junto ao parque urbano Quinta da Elsa, é um fiel retrato de uma destilaria tradicional, as paredes do seu edifício são de taipa, o telhado em madeira com telhas de canudo e o chão em terra batida.

Os utensílios utilizados para a produção de aguardente de medronho são igualmente os tradicionalmente usados há décadas atrás, a fornalha feita em barro e pedra, o pilão em madeira de carvalho, os cântaros de barro, o alambique em cobre e as pipas para fermentação em madeira. Aqui tem um espaço onde pode descobrir como se fazia aguardente antigamente, nas antigas “destilas” dos montes espalhados pela serra, que, entretanto, foram dando lugar a destilarias modernas adequadas às exigências atuais para a produção desta bebida tão apreciada.

Nota: O Museu não se encontra aberto diariamente, apenas está disponível para visitas por agendamento prévio para grupos/escolas/outros e durante a Feira das Atividades Culturais e Económicas do Concelho de Odemira (FACECO). Durante a feira é explicado o processo de fabricação da aguardente de medronho, não sendo produzida qualquer tipo de bebida alcoólica.